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Outro dia alguém me fez essa pergunta: “O que não pode faltar em 2024? Pensei em muitas coisas. Dinheiro. Saúde. Emprego. Liberdade. Viagens. Todas essas coisas ligadas a nossa a nossa existência debaixo do sol. Pensei, mas não falei. Às vezes somos pegos de surpresa por perguntas assim. Mas aquilo que não vemos veio ao meu encontro e me iluminou. Lembrei-me de um verso. Está lá na carta de Paulo aos cristãos da cidade de Corinto: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior é o amor” (1Co 13:13).

O que não pode faltar em 2024? Primeiramente a fé. Ela é a certeza e a convicção de fatos que os olhos não vêem, pois o que se vê é passageiro, mas o que não se vê é eterno. A fé é invencível. Ela é a vitória que vence o mundo, pois tudo o que existe no mundo visível das diversas coisas pode ser retirado de nós. Lembra-se de Jó? Ele foi aquele personagem que da noite para o dia perdeu tudo o que um homem poderia perder: os filhos, os bens, a saúde e a dignidade. Mas não perdeu a fé. Nada nem ninguém desse mundo podem retirá-la de nós. Ela é invencível!

O que não pode faltar em 2024? A esperança. Contrariamente do que pensam alguns, ela não é a última que morre, mas a primeira que sobrevive. Ela sobrevive não porque está fundamentada em expectativas humanas, que podem ou não se realizar. Um emprego novo. A casa própria. Um casamento. A formatura. Ela sobrevive porque está fundamentada na promessa de Deus que se cumprirá, mesmo que pareça demorada. A esperança consiste em aprender a caminhar por caminhos que desconheço ou esqueço, mas sempre conhecidos por Deus. É saber que chegaremos a um lugar de onde partimos e o conheceremos então pela primeira vez (Eliot). A esperança pode ser definida em uma frase bonita, escrita pelo apóstolo Paulo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Co 2:9).

O que não pode faltar em 2024? Certamente o amor. Tal amor foi encarnado, vivenciado e provado por Jesus Cristo. Foi descrito pelo apóstolo Paulo como um caminho sobremodo excelente (1Co 13:1). O dom maior. O fruto mais precioso da fé. A identidade e a marca do discípulo de Cristo. Invencível. Incondicional. Humilde. Sacrificial. Eterno. O que restará depois que tudo acabar. Penso que estava errado o poeta, Vinícius de Morais, quando escreveu que o amor seja eterno enquanto dure. Ele é eterno porque nunca acaba. Tal amor é derivado do amor de Cristo. Amamos porque Ele nos amou primeiro. Se o seu amor era como água, procurando sempre os níveis mais baixos para manifestar-se, compreendemos o desafio e a profundidade do amor que nos é proposto: “amai os vossos inimigos”.

Do seu pastor e amigo,
Pr. Luciano Rocha.